Como predito em um post anterior, estivemos ocupados no último outono/inverno aplicando nossa estratégia Water-Wise Dryland na encosta sul do monte de nossa fazenda, melhorando o acesso, a conservação da água e a regeneração do ecossistema, tudo ao mesmo tempo. Para encurtar a história, nossa avaliação dos resultados do projeto neste momento é: um grande sucesso, digno de continuar onde quer que existam tais condições e necessidades.

Então, agora em 2017, decidimos continuar este projeto com a extensão da estrada da fazenda de Lama Village (que fica bem no sopé do nosso “monte” ou colina íngreme de nossa fazenda) e ao redor da face norte, para encontrar com o término da extensão da estrada agrícola da face S, para fazer uma estrada contínua que levará água para a zona AgroSilvoPastoral abaixo (pousada por alguns anos, em breve se tornará produtiva), deixando o topo do monte para a natureza restaurar, livre de tráfego de veículos.

Após 3 dias neste projeto durante 3 semanas (1 dia/semana sendo tudo o que a equipe podia pagar), posso dizer neste ponto:

• A estrada (talvez 300m?) Está quase completa, e nós transplantamos todas as oliveiras selvagens que tiveram que ser arrancadas do centro do leito da estrada para um lado, para criar uma cerca viva ao longo da encosta da estrada;
• O trabalho foi rápido, furioso e PESADO (a bola de raízes em algumas dessas árvores levou 2 ou 3 de nós para colocar os músculos no lugar), e colocar essas dezenas de árvores estabelecidas de volta no solo, cobertas e regadas antes do pôr do sol do mesmo dia foi nada fácil!
• Ser abençoado com (a) uma planta tolerante (azeitonas bravas são tão resistentes neste clima) e bom solo naquela encosta; (b) água (do nosso novo sistema de irrigação movido a energia solar/alimentado por gravidade, mais uma chuva de sorte após o plantio do dia 2) para estabelecer as plantas; e (c) uma grande equipe [1], a missão está quase cumprida - a ponto de eu ter que dizer: caramba, este trabalho é tão obviamente regenerativo E divertido. vamos manter o ritmo!

Para esse fim, em uma nota relacionada, fui tão inspirado por este Projeto Acampamento de Restauração de Ecossistemas iniciado por John D. Liu que me juntei ao grupo e estou planejando viajar em breve para o Altiplano de Granada (Andaluzia, Espanha) para acampar no local e fazer o que puder para ajudar… E gostaria de encorajar todas as partes interessadas a fazer o mesmo ( talvez possamos nos organizar para viajarmos juntos para lá).

Além disso: Ficar tão comovido com o relato de Estrabão (geógrafo/historiador/filósofo grego clássico) que -em seu tempo- era possível para um esquilo atravessar a Península Ibérica sem nunca tocar o solo (ou seja, através de uma grande copa da floresta!) , estou pensando: se isso não acontecia há tantos séculos, há alguma razão para que isso não possa acontecer novamente? Em todo caso: não vale a pena trabalhar nessa visão, seja qual for a extensão em que possamos ter sucesso?

Então: alguns de nós estão planejando fazer nossa própria versão de um Acampamento de Restauração de Ecossistemas bem aqui no sul de Portugal, no próximo outono/inverno de 2017-18. Se você também se inspira no trabalho de John Liu (+ milhares de seguidores!), na visão de Strabo e na paixão de contribuir e unir forças com seus irmãos e irmãs de armas aqui no Algarve para uma experiência divertida e regenerativa no próximo outono, então por favor envie-me um e-mail sobre seu interesse.

[1] Não posso fechar este post sem dar os devidos créditos à equipe:

• Hugo Oliveira : Extraordinário Ecologista e Paisagista;
• Mestre Antonio Borralho: artista da retroescavadeira (que arranca árvores com tanta sensibilidade, parece que não ligam muito)
• Ricardo Gomes: que balança uma enchada mesquinha mas sempre com uma leveza de espirito que é inspiradora.

É um prazer trabalhar com vocês e uma verdadeira prova de quanto pode ser realizado por uma equipe pequena em tão pouco tempo!